Monday, 15 June 2009

Crack não!


Crack não!


A criatividade humana é por si só kafkiana. A criatividade humana aliada à inutilidade é um amor platônico. A criatividade humana aliada à inutilidade para criar uma campanha de combate exclusivo ao crack é – na melhor das hipóteses - tola ou - na pior das hipóteses - idiota.


Não é de hoje que o discurso moralista existe. É do tempo em que o Mar Morto ainda estava doente. Nos primórdios, desde priscas eras. Quando Adão e Eva estavam no paraíso, quando a igreja católica proibiu certos ritos na Idade Média, nos sermões de Padre Antônio Vieira etc. Pois bem. O discurso pode impor algumas regras, pode impedir certos atos. É como se se você fizer algo será castigado, como se se tivesse aberto a caixa de Pandora e agora tudo acontecerá. Ai ai ai ui ui. Sábias palavras do nosso ex-futuro presidente Silvio Santos. A idéia de crime e posterior castigo. Enfim.

Darwin, o pobre, morreu acreditando na teoria evolucionista, que o ser humano evoluiu. Evolução? Não dessa maneira, não desse modo. O progresso (a falsa idéia de progresso) e seus insustentáveis positivistas são passíveis de serem discutidos - e muito! Discurso moralista já foi superado há algum tempo [é o que dizem].

Mesmo sabendo disso, a mídia, que acha que está inovando, cria uma campanha de combate exclusivo ao crack. Crack não! Cocaína, LSD, Heroína podem; agora crack, que é uma droga usada em sua maioria pelos excluídos, não! Olha o zé novamente em apuros. Não foi dessa vez que você terminou com um final feliz zé, não foi dessa vez...

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