Estive preso durante algum tempo. Um bom tempo. Alguns fatores faziam-me estar naquele estado. Não pude explicar, mas estava preso. Que asco! Uma má sensação tive. Em verdade, não sabia se era má ou não. Sufocado, sob a égide das leis "naturais": xilema, floema, seiva bruta. Altos e baixos. Fatores alheios, universo em pleno desencanto.
Eu tentava, repudiava, e continuava preso. Alguém que não conhecia tentou me libertar. Eu, assim pensei, com a ajuda desse ser, me libertei.
Já fui de tudo um pouco. Agora restavam-me lembranças. O resgate, assim me ensinaram, seria impossível. Não resgatei minhas lembranças...
Imerso no meu saudosismo, juntei o que restou: um pouco de cada. Tive saudades da minha pátria amada que não era o Brasil. Atravessei um rio chamado Atlântico. Mudei meus costumes. Moldei meus costumes.
Conheci sujeitos antes inimagináveis. Trajavam vestes estranhas, talvez não tivessem - vai saber! - entranhas. Pomposidades alheias, disseram-me que eu me libertei de minha terra.
Agora sou um ex. Ex-africano, ex-algo. Eu, que um dia fui planta, sou ex. Em minha terra, era um belo cravo - nunca briguei com a rosa! Agora sou um ex, ex-cravo da (na)Ilha da Vera Cruz.
So you are part of 'ex'-men... an expatriate.. excommunicated... stuck in the stuff of the unseen?.. examining the unexaminable..and what have you found is left... bits of everything and nothing? seek but not too much... or you might get lost in the inexplicable extravagance of the inner universe.
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