Entre essas indelicadezas, há um mar de felicidade. Há uma porta que ruma para o eterno, de braços dados - assim se percebe - com amor. Amo-te e sou fragmentado assim mesmo: apresento-me em pedaços para me libertar, quando ao teu lado, e me tornar o todo... seu. Como Julieta, a rainha de Romeu. Perco-me, escrevo e pouco falo. Desconfio que me expresso melhor quando te beijo. Com isso, dispensa-se o uso de qualquer dicionário. Eu, que um dia (tolamente) pensei ser intraduzível, me traduzo no instante em que me aproximo de você. Aqui, a filosofia se despede, despe-se e mergulha dentro de ti. Não há mais questões, assim como inexiste – na mesma medida - as certezas. Somente nós.
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