Nós buscamos felicidade através de coisas, relações, pensamentos,
ideias. Então as coisas, a relação e as ideias se tornam mais
importantes que a felicidade. Quando você busca felicidade através de
uma coisa, então a coisa se torna de maior valor que a própria
felicidade. Quando apresentado desta maneira, o problema parece simples e
é simples. Buscamos felicidade na propriedade, na família, no nome;
então propriedade, família, ideia se tornam o mais importante, porque
assim a felicidade é buscada através de um meio, e o meio destrói o fim.
Pode a felicidade ser encontrada através de algum meio, através de
alguma coisa feita pela mão ou pela mente? Coisas, relação e ideias são
muito visivelmente inconstantes; ficamos sempre infelizes por elas. As
coisas são inconstantes, elas se gastam e se perdem; relação é constante
atrito e a morte aguarda; ideias e crenças não têm estabilidade nem
permanência. Buscamos felicidade nelas e, contudo, não percebemos sua
inconstância. Assim, o sofrimento se torna nossa companhia constante e,
superá-lo, nosso problema. Para descobrir o verdadeiro significado de
felicidade, devemos explorar o rio do autoconhecimento. O
autoconhecimento não é um fim em si mesmo. Existe uma fonte para uma
correnteza? Cada gota de água do início ao fim faz o rio. Imaginar que
vamos encontrar felicidade na fonte é estar enganado. Ela é para ser
encontrada no ponto em que você está no rio do autoconhecimento. -
J. Krishnamurti, The Book of Life.
* Texto enviado pelo amigo Hallan F.
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