Tuesday, 1 July 2014

Trágica aberração, 
como podes te sentir orgulhoso?
Chamas de obra meia dúzia de feitos mal feitos?

Padeces.
E isto é bem feito!

Ao esvaziar as palavras,
Nada sobre de ti.
Agonizas no vazio
e vês-te a sós.

Não há notas musicais
que te consolem:
nem dó, nem ré nem mi.

Árido solo que pouco
te permite ser fértil.
És condenado pela
tua própria consciência
que de sã nada tem.

Ir a templos, rezar, dizer amém?
De que me adianta confessar se não busco a salvação?

Apequeno-me e volto a ser
coautor do meu destino.

Silencio, 
guardo algumas ilusões no peito,
e vagarosamente retiro 
as pedras do meu caminho.




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