Trágica
aberração,
como podes te sentir orgulhoso?
Chamas
de obra meia dúzia de feitos mal feitos?
Padeces.
E
isto é bem feito!
Ao
esvaziar as palavras,
Nada
sobre de ti.
Agonizas
no vazio
e
vês-te a sós.
Não
há notas musicais
que
te consolem:
nem
dó, nem ré nem mi.
Árido
solo que pouco
te
permite ser fértil.
És
condenado pela
tua
própria consciência
que
de sã nada tem.
Ir
a templos, rezar, dizer amém?
De
que me adianta confessar se não busco a salvação?
Apequeno-me
e volto a ser
coautor
do meu destino.
Silencio,
guardo algumas ilusões no peito,
e vagarosamente
retiro
as pedras do meu caminho.
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