Vamos rir. Vamos. Vamos chorar. Vamos. O que mais você quer, televisão ?
Aplausos ? Vamos aplaudir a nossa legislação brasileira! Viva! Ela nos é posta, disso eu já sei; quero soluções e não mais um monte de números. Aliás, você não é uma pessoa que cometeu um estelionato, você é o artigo 171. Viva, somos números.
Com toda sua "super-útil" extensão, ela não prevê nem leva em consideração a
condição do zé. Coitado do zé. O mundo é um moinho, zé, é um moinho. Pelo menos era isso que Cartola dizia.
Nas aulas de Direito, falam-se dos artigos, medidas provisórias, mas onde estão as pessoas ? Não foi perguntado ao zé. E nem será mesmo. O pior é que ele nem pode alegar que as desconhece.
- Mesmo sendo analfabeto ? Mesmo.
- Mesmo morando no Chuí ? Mesmo.
Deixa eu te explicar, zé:
Você não é convidado para nascer, você simplesmente nasce e, de grátis, você acaba de receber uma eterna estadia num local chamado Estado. Parece uma oferta e tanto, não ? Isso não é lá dos melhores pacotes turísticos, a não ser que você more - como o Professor Felipe Fuentes fala - na tal da bolha. Estrutura da bolha: O cidadão fica a vida toda trabalhando para agregar valores e conseguir bens e quando chega no cume, fecha-se no seu microcosmo, no seu mundinho, na bolha. O sujeito contrata vigias, tem muros - muros não, muralha da China -, cercas-elétricas etc e é amparado pela Carta Magna. Você não, zé, você é a ovelha Dolly do nosso glorioso sistema. Você é a cobaia do sistema. Sistema, que palavra!
Você fica à margem do sistema. Fica à margem, mas se você não andar conforme os conformes você é preso, cuidado! Não se iluda, a constituição não prevê a garantia de ser cumprida. Que todos somos iguais perante a lei, todos estão doutorados nisso; agora cumprir esse ordenamento, ah, meu amigo, aí é outra história. Além do mais, é controversa. Como ela pode "garantir" a liberdade se os presídios privam a sua liberdade, zé ? É como se entrasse num museu que garantisse entrada franca, todavia, fosse cobrado o ingresso.
É para rir ou para chorar, televisão ? Rir. Façamos, então, o Diabo feliz: Deixe tudo como está, porque, assim como os paulistanos, deixaremos acabar tudo em pizza!
- Não entendi nada que o senhor falou, só a parte da pizza. Mas, afinal, qual o sabor, Seu Luccas ? - zé.
- AMARGO! - Luccas Neves Stangler.
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