A vida não é feita de conselhos, mas de experiências.
Por mais que você queira aconselhar seu filho a não pular do muro, porque vai machucar o joelhinho dele, ele vai se jogar. Depois do fato consumado, ele, mesmo não sabendo, vai fazer juízo sobre isso:
- Bem que a mamãe estava certa!
Não, não estava não. Ou até poderia, porém deixar que seu descendente não passasse por aquela experiência - talvez até inenarrável - seria um "pecado".
A vida é construída, nas palavras de Steve Jobs, por pontos. Pontos adquiridos ao longo da vida que de uma forma ou de outra se ligam no final. Efeito borboleta. Nada de destino! Nada de Maktub! Ao acaso mesmo (ou sorte como Woody Allen prefere), de forma caótica.
Se existisse pré-destinação a vida seria muito fácil. Ora, se eu sou pré-destinado, vou ficar em casa, escutar meu Cazuza sem me preocupar, pois meu destino já foi traçado. Pobre Mãe Diná, seus dias estão contados.
Sobre isso, meu tio, um grande auto-didata, sempre falava e ainda fala: "Luccas, a faculdade garante apenas duas coisas: comprar seu carro e sua casa financiados. Ficar rico é uma questão de sorte, não de competência. Aquela história de bênção do celular é uma piada!" Fazendo um parênteses: Para você que não sabe da novidade, existem algumas igrejas que estão fazendo a bênção do celular; dizem que quem é abençoado vai receber ligações milagrosas. Prefiro me abster e não comentar.
Volto a dizer que a vida não é feita de conselhos, mas de experiências. A vida deve ser vivida, aproveitada. CARPE DIEM. Na letra do mestre Vinícius de Moraes, " a vida é pra valer. Não se engane não. Tem uma só. Duas mesmo que é bom ninguém vai me dizer que tem sem provar muito bem provado em certidão passada no cartório do céu e assinada embaixo: Deus. E com firma reconhecida. A vida não é de brincadeira, amigo. A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."
Por fim, não seja um chato, não tenha infinitas regras, não entulhe seu filho de conselhos, apenas viva e deixe ele viver! Mostre caminhos a trilhar e deixe que a vida se encarrega do seu filhinho. Antes de se tornar cinzas, chegará ele a mesma conclusão de Pablo Neruda: "Confesso que vivi."
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