O acesso à cultura deveria ser maior, mas não é. Falando nela e aproveitando a deixa do dia do amigo, é bom lembrar que o melhor amigo que podemos ter é o livro. Ele pode até não te escutar, mas também não reclama. Pode até não dar conselhos, mas dá respostas, esclarece idéias.
É mais que uma viagem, ele é a panacéia que todos procuram. Pequeno, grande, médio. Azul, amarelo, preto. Novo, velho, surrado. Em várias línguas, poucas. Ideologias, crenças, credos. Sebos, medos, risos. Romances, tragédias, comédias. O divisor de águas! De um simples gibi do Zé carioca à Freud. De Cervantes à Mailer. A cultura mundial em algumas páginas.
Num momento você vê a visão de Nietzsche, noutr’oura Wittgenstein. Pessoas que mudaram toda uma forma de pensar. Bem ali, no livro. Assim como Kant, você não precisa viajar o mundo para ter idéias mirabolantes. A leitura basta! A inseparável leitura. Ela nos proporciona apenas um mal: a angústia. Angústia de não ter lido tantos clássicos. Quanto tempo perdido. Coisas da vida.
Alguns autores agressivos, outros visionários. Alguns com o complexo de Cassandra, outros com complexo de perseguição, outros só complexo mesmo. Rebuscados, incompreensíveis, instigantes. Amados, odiados, amenos, romenos, portugueses. Rimas, versos, frases. Um brinde ao inseparável amigo: o livro!
Há quem diga que existem três etapas na vida de um homem antes de virar cinzas; que é plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Plantar a árvore, dar a vida a um vegetal. Ter um filho, dar a vida a um humano. Escrever um livro, dar a vida a uma idéia. Na frase não explica se o livro é ou não de auto-ajuda, mas esse não tem espaço nem no espaço, muito menos aqui nesse planeta.
O estudante de Direito é que deveria gostar de ler um bom livro. Eu disse deveria, pois essa não é a regra, e sim a exceção. Ele entra com toda aquela vontade de mudar o mundo. E como ela acha que faria isso? Nas tão-faladas lacunas. Pensando alto, como diz Dr. Paulo de Barros Carvalho, e utilizando-se da lógica cartesiana: Se o acadêmico não lê a Constituição federal, como encontrará, ele, as lacunas? De quando em quando me pergunto, de quando em vez me questiono sobre isso. Nihil.
Meniiiino...Quando crescer quero ser igual a Você! sinceramente, tenho orgulho de tomar um café da manhã, almoçar, enfim... Conversar com uma pessoa com uma visão tão ampla quanto você.
ReplyDeleteAs vezes fico pensando, e lendo... Lucas hoje quando li isso eu descobri que tenho muitos amigos, obrigado por me abrir os olhos.
Lucas obrigado pelas dicas.
parabéns amigo, não direi que tens um futuro brilhante-por que eu não sei- Mas eu digo, que como poucos, você faz por merecer.
Sucesso
De fato, não faltam viagens nem amigos para quem aprendeu a ler (e lê). Dialogar com um texto escrito é uma arte que poucos desenvolvem. Diferentemente da televisão, em que o tempo é da mídia (os intervalos são dela e apenas para fins fisiológicos), no texto escrito, as pausas são do leitor, do amigo interlocutor. E como é surpreendente descobrir que uma pessoa que já se foi há 200 anos tinha as mesmas angústias que você. Senti isso muito quando li os Ensaios de Montagne (que eu recomendo a você, Lucas, pois esse livro é como um blog, um diário de uma grande alma). Um forte abraço, Sandro Sell
ReplyDeleteConcordo com a maioria de tudo que você falou sobre o tráfico, mas não concordo quando você disse que ele um grande problema, você disse isso em relação ao tráfico, e seus interesses, eu entendi, mas temos que pensar no porquê que ele fizeram aquela barbárie... por que a droga vale muito? isso ja sabemos, mas por que vale muito? por que os drogados se tornam alucinados e não vivem mais sem a sua cocaína, heroína, ou o próprio crack.
ReplyDeleteAmigo se esse coitado souber que você tem 5 reais para comprar uma pedra ele vai te matar por isso, ou vai matar os pais dele quando chegar em casa sob efeito dessa DROGA.
legalizar? para encher isso de imposto? para ao invéz de cinco custar 20? acho melhor não amigo, penso que o desespero seria maior, que os políticos que ainda não usam droga vão começar a usar, acredito que nesse país a droga passe a virar moda, e quem duvida?
Abraço amigo, acolhi tua crítica, me fez pensar bastante
Gabriel p. Thiesen
Muito bem lembrado, meu caro, talvez você não veja, mas, nós dois estamos falando da mesma coisa e cada um com bons argumentos, ambos argumentos que refletem a realidade... E na verdade eu não sei o que dizer, quem sabe possamos escrever algo juntos um dia, você com sua crítica perspicaz contra o poder, e os poderosos, e eu com a minha simples crítica sobre as Drogas, ou qualquer outra coisa. como eu disse em um texto antes "as idéias surgem com bons propósitos, mas alguém estraga tudo." quem sabe, lucas, a bandeira "drogas, tô fora" seja extremamente hipócrita? não discordo, mas sugiro outra bandeira, por que "poder, tô fora" é meio complicado de falar, ou nos tornamos mais hipócritas ainda... Nós temos condições de nos vestir bem, temos condições de nos vestir de modo que não passamos frio, se não quisermos... Nossa busca por poder tem diversos atalhos, se é que me entende. ergamos uma bandeira "hipocrisia, tô tentando sair fora" auto crítica é um bom remédio para o mundo, Deus queira que você não me entenda mal, não quero de maneira nenhuma que você pense que estou te chamando de hipócrita, mas pelo menos tanto quanto eu você é!
ReplyDeleteOu seja, somos pouco hipócritas, isso por que falamos de coisas que não fazemos parte, ou coisas que estamos apenas observando, e não vivendo! Eu não gosto de política/politicagem...mas, eu tenho que votar para tentar dar a minha contribuição positiva, e mudar um pouco disso.
temos cada um 0,000005 por cento dos votos desse país, mas vamos em frente!
E sobre escrevermos juntos, penso que ia sair uma coisa interessante disso.
abraço
Gabriel P. Thiesen
"Sebos, medos, risos. Romances, tragédias, comédias."
ReplyDeleteLi o texto, faltou-me os comentários!
Muito bom!