E por que nada é tão mais novo? A mãe, quando escutou essa pergunta do seu pequeno rebento, Gabriel, em meio à multidão em plena virada do ano novo, contrangeu-se. E não era para menos.
Tudo parece tão artificial, mãe - continuou. Todos vestem branco. Branco por causa da paz. Mas todos estão aí para fazer baderna. Os homens, de tanta malhação, parecem com bonecas infláveis. Parecem de plástico. Até a taça de champagne é de plástico! - notou uma linda jovem que estava ao meu lado.
As mulheres... Bem, as mulheres parecem bonecas de cera. São quase intocáveis e se acreditam portadoras da pureza... Não, não é o refrigerante Pureza. Digo, elas parecem que são de porcelana e se declaram frágeis...
Antes da meia-noite, todos acabam com suas desavenças, porque agora é tempo de renovar! Não importa o que você fez, não importa! O importante mesmo é o ano que virá, não é mesmo, mãe?
Um breve momento de silêncio se fez segundos antes da virada. Gabriel se calou.
5,4,3,2,1...
FELIZ ANO NOVO, filho. Agora vá para casa que amanhã começa tudo de novo!
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