Sentei.
Sentou-se. Ela sentou-se.
A História sentou-se ao meu lado e pediu um copo.
Daquele mesmo líquido que eu bebia: feito de grãos de cevada.
E pensei...
Há quem sofra a História.
Há quem construa a História.
Há quem se sinta excluído por Ela.
Depois de alguns muitos goles ela admitiu:
Não tenho e nunca tive pretensão de ser ciência - por que seria?
Chorou e, aos prantos, continuou:
Confundem-me com a memória e dizem que sou arrogante.
Agora proclamam meu fim.
Alguns até dizem, continuou Ela, que já cheguei ao meu fim.
Outros questionam minha existência: para que ou para quem eu existo?
É coisa do Tempo, esse sujeito mal construído.
Culpem-no!
A História calou-se.
Depois de alguns goles calou-se.
Nunca mais falaria - agora ela teria, mais do nunca, seus (confusos?) intérpretes.
Genial! (:
ReplyDeleteAssim como a Loucura se expressa nas palavras de Erasmo, aqui a História tem um breve relato de sua angústia, na escrita de Luccas Neves, um gênio da pós-modernidade, hahahaha!
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