Vamos logosofar. A logosofia busca o sentido das coisas da vida, eu também. Uma das coisas que busco é o porquê da traição. Comecemos do começo, é lógico.
Pela ordem natural do universo e por vários outros motivos, o parceiro (macho) ideal, independentemente da espécie, é aquele que mais tem condição de perpetuar sua raça. Ora, isso se deve por causas óbvias - apesar de que o óbvio nem sempre é tão claro para todos. Parece estranho, mas nesse caso de procriar, não existe nenhuma diferença entre o animal racional e o irracional. Basicamente é a mesma coisa.
Mesmo que inconscientemente, a mulher busca o homem que possui (além do companheirismo, sexo, amor) uma característica marcante: força. É isso mesmo, a força. Força no sentido de se impor aos adversários, como é o caso dos leões que brigam por território, força no sentido de proteção à prole, enfim, força no sentido amplo da palavra. Não entenda como uma apologia às brigas, não interprete mal. Ainda logosofando: nenhuma pessoa escolhe a outra como parceiro porque os dois se completam. Esta história de metades opostas que se completam é uma farsa. Se assim fosse, todo “pagodeiro” se casaria com uma “roqueira” e vice-versa. Não é isso que se vê. Salvo exceções. Eduardo e Mônica são a exceção.
Mas afinal, como se dá a traição? Não sou Freud, mas tento explicar.
Veja que, antes das “vias de fato”, é necessário que as duas partes se conheçam. Uma simples noite numa boate já é um começo. Sobre isso, Schopenhauer dizia que, assim como os pavões, os homens dançam nas boates com o objetivo de se acasalar. Olha outra vez o inconsciente agindo. Retomo o foco. No momento em que se conhecem, gera-se uma expectativa entre ambos. No caso feminino, a mulher cria uma projeção, assim como a de um projetor na parede, errônea de determinado homem, por exemplo. Acredita que o mesmo é o ideal. Dizem que nove meses depois é que se vê o resultado, ainda não sei sobre isso. Como eu dizia, quando a projeção se torna realidade e a realidade não é bem aquela esperada, começam os indícios de insatisfação. Insatisfação gera mais insatisfação, é um efeito cumulativo, é quase que uma “bola de neve”. Aquele homem não é mais aquele Homem. E mesmo tendo brutais diferenças entre as mulheres de hoje para as de Atenas, elas ainda buscam a tal força, o amparo. Sem isso, a probabilidade de traição aumenta. É claro que nem toda separação ocorre com traição, é para isso que existe o diálogo e, pelo o que eu saiba, dá-se entre duas pessoas, no caso marido e mulher. Quando chega o fim da projeção, questiona-se o motivo de não ter dado certo o relacionamento. Claro que deu certo! Pelo menos momentos antes da insatisfação gerada. Assim, o grande sociólogo Sandro Sell, o qual tenho grande admiração, dizia e ainda diz que não há culpado na separação do casal. Não foi o fulano ou a fulana que acabou com tudo, o que não deu certo foi a relação entre os dois.
Meu único conselho, “Ladies and Gentlemen”, é o mesmo do Chico Buarque; “Mirem-se no exemplo, daquelas mulheres de Atenas...”
Pela ordem natural do universo e por vários outros motivos, o parceiro (macho) ideal, independentemente da espécie, é aquele que mais tem condição de perpetuar sua raça. Ora, isso se deve por causas óbvias - apesar de que o óbvio nem sempre é tão claro para todos. Parece estranho, mas nesse caso de procriar, não existe nenhuma diferença entre o animal racional e o irracional. Basicamente é a mesma coisa.
Mesmo que inconscientemente, a mulher busca o homem que possui (além do companheirismo, sexo, amor) uma característica marcante: força. É isso mesmo, a força. Força no sentido de se impor aos adversários, como é o caso dos leões que brigam por território, força no sentido de proteção à prole, enfim, força no sentido amplo da palavra. Não entenda como uma apologia às brigas, não interprete mal. Ainda logosofando: nenhuma pessoa escolhe a outra como parceiro porque os dois se completam. Esta história de metades opostas que se completam é uma farsa. Se assim fosse, todo “pagodeiro” se casaria com uma “roqueira” e vice-versa. Não é isso que se vê. Salvo exceções. Eduardo e Mônica são a exceção.
Mas afinal, como se dá a traição? Não sou Freud, mas tento explicar.
Veja que, antes das “vias de fato”, é necessário que as duas partes se conheçam. Uma simples noite numa boate já é um começo. Sobre isso, Schopenhauer dizia que, assim como os pavões, os homens dançam nas boates com o objetivo de se acasalar. Olha outra vez o inconsciente agindo. Retomo o foco. No momento em que se conhecem, gera-se uma expectativa entre ambos. No caso feminino, a mulher cria uma projeção, assim como a de um projetor na parede, errônea de determinado homem, por exemplo. Acredita que o mesmo é o ideal. Dizem que nove meses depois é que se vê o resultado, ainda não sei sobre isso. Como eu dizia, quando a projeção se torna realidade e a realidade não é bem aquela esperada, começam os indícios de insatisfação. Insatisfação gera mais insatisfação, é um efeito cumulativo, é quase que uma “bola de neve”. Aquele homem não é mais aquele Homem. E mesmo tendo brutais diferenças entre as mulheres de hoje para as de Atenas, elas ainda buscam a tal força, o amparo. Sem isso, a probabilidade de traição aumenta. É claro que nem toda separação ocorre com traição, é para isso que existe o diálogo e, pelo o que eu saiba, dá-se entre duas pessoas, no caso marido e mulher. Quando chega o fim da projeção, questiona-se o motivo de não ter dado certo o relacionamento. Claro que deu certo! Pelo menos momentos antes da insatisfação gerada. Assim, o grande sociólogo Sandro Sell, o qual tenho grande admiração, dizia e ainda diz que não há culpado na separação do casal. Não foi o fulano ou a fulana que acabou com tudo, o que não deu certo foi a relação entre os dois.
Meu único conselho, “Ladies and Gentlemen”, é o mesmo do Chico Buarque; “Mirem-se no exemplo, daquelas mulheres de Atenas...”