Várias guerras foram travadas durante os séculos em torno de um ideal: a liberdade. Sans-culotes, Ghandi, Mandela, assim como outros, lutaram para conquistá-la de variadas formas. Liberdade de expressão, liberdade racial, liberdade do voto. Por sua incansável busca, pessoas foram torturadas, povos dizimados, cidades destruídas e tudo isso em prol desse ideal de libertação. Mas a vida, a vida é uma caixinha de surpresas.
Depois de tanto sacrifício, tanta evolução, chega o progresso. E como Bertrand Russel falou “A mudança é indubitável, mas o progresso é uma questão controversa”. Com ele, a profecia de George Orwell – em seu livro 1984 - pode ser deduzida e, talvez, concretizada. Grande parte da população tornou-se aquilo que se chama “massa”. O Estado, como é sabido, controla a massa; a imprensa controla a massa, os políticos controlam a massa.
Vários são os tipos de pessoas que se incluem na "massa". Existem até aquelas pessoas que privam de sua liberdade por 1 milhão de reais, como é o caso dos participantes do programa “Big Brother”. Um cachorro, se formos pensar, tem muito mais liberdade que um ser humano. Veja que, se uma pessoa almeja comprar uma Ferrari, mas não tem dinheiro para efetuar essa compra, ela não adquire o carro. Que liberdade é essa? O conceito liberdade, desse modo, entra em colapso. Quem é o animal racional: o cachorro (que faz o que bem entender) ou homem que acha que faz o que bem entender?
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