Sunday 19 September 2010

Impressões sobre o tempo.

Tudo está se apagando, ruindo. O tempo está a engolir a todos que ficam ao seu redor... De que tempo eu me refiro? O tempo dos humanos?
Tenho algumas impressões sobre o tempo. Um dia, quem sabe, elas se tornem certezas e minhas impressões param de me perseguir. Ainda estou sendo seguido, perseguido por ele - o ponteiro que não cessa de funcionar. Maldita construção: o tempo.

Friday 10 September 2010

O escafandro e a falsa borboleta

Um mergulho no ano de 1938. Talvez meu último. Talvez.
Minha carapaça era o escafandro. Um pulo. Um salto na incerteza. Nunca soube se voltaria. Uma leve sensação de leveza... Pensei que aquele era meu mundo. Longe de tudo, de todos.

Descendo, descendo, descendo. Fui, aos poucos, descendo. Aquele peso, enquanto descia, ia sumindo... A responsabilidade, a flor da idade, aquilo a que todos prezam – todos menos eu.

Quando livre eu acreditava estar, senti-me sendo puxado. E estava mesmo. Algo me prendia ao passado, algo me prendia ao presente. Era aquele cabo! O cabo do escafandro... Tive que retornar. Gregor, ao erguer o cabo, me puxava para aquilo que eu não mais queria: viver.