Thursday 28 July 2011

Francisco Serafim

Se... Será? Fim? Será o meu fim?
- Serafim, meu filho, pára!

As dúvidas reverberariam durante mais algum tempo na mente do pequeno Francisco.

Friday 15 July 2011

O(utro) idiota.

¨Oh, so you are a philosopher; but you aware of any talents, any ability whatever in yourself, of any sort by which you can earn your living? Excuse me again.¨ The idiota - F.D.







Aqueles ponteiros em frente ao Tâmisa que faziam o famoso e imponente relógio badalar eram um lembrete: o tempo está a passar, a solidão quiçá. O rapaz da jaqueta de couro que por ali vi passar pegou um ¨takeaway¨ qualquer para fazer, ao que tive a impressão, render seus míseros vinténs. Parecia desconectado de todos aqueles turísticos sorrisos. Devia ser um cidadão londrino, notava-se seu cinza-humor-distanciado. Ao caminhar, via-se em sua mão direita, não tão claramente, mas via-se, um livro com a insígnia, digo, título, que parecia traduzir seu sentimento, como sentia-se naquele instante: O idiota. ¨Bem-vindo à confraria¨, sorriu-me um senhor, algum senhor chamado Dostoiévski - conhecem? (13.07.11)

Friday 8 July 2011

La caja de Pandora.

Ao amigo portenho Maurício.


Cada um e cada qual criara um (in)finito universo particular. Ou, como a Menina má diz, cada qual com sua caixinha. Nela, doses de experiência das mais diversas cabem: a paixão também pode ser incluída - apesar de não se enquadrar muito bem. Cabe a cada proprietário aprender a manusear o seu próprio objeto, mas, desde já, ressalta-se que não há instrução. Em alguma parte da caixinha, existe um setor chamado ¨área comum compartilhada¨. Costuma-se dizer que ali, quando se consegue perceber tal particularidade, é a melhor parte de toda uma vida. Também se fala que essa caixa, quando já se encontra ¨nos finalmentes¨, é coberta por uma outra maior, cujo o nome deriva do seu aumentativo, e que por fim é escondida a sete palmos debaixo da terra e que por caridade ou algum outro motivo não muito claro alguém coloca uma espécie de placa com os seguintes dizeres: Aqui jaz (mais) uma caixa qualquer.


Friday 1 July 2011

Traga uns tragos

Bebia para esquecer e esquecia-se de lembrar: foi para tão longe e descobriu que afinal de contas a felicidade estava tão perto... Deveria ter escutado a voz do rio, mas estava inquieto demais para tal façanha. Agora está a aprender uma lição difícil: sobreviver é mais difícil que viver! Precisou renunciar uma vida em nome do auto-conhecimento.