Thursday 30 June 2011

Profecias de um anjo bêbado

Recobrar os ânimos em meio à multidão silenciosa, escondida por detrás dos best-sellers de autoria duvidosa ou dos periódicos com artigos pouco confiáveis. Um mar de gente que nada fala, que nada parece sentir. Não falavam sua língua e mesmo que falassem... Tolas hipóteses! Vai ser gauche! - anunciara um anjo bêbado ao avistar o bom menino.



29.06.11

Tuesday 28 June 2011

Tempos (pós/hiper/diabos) modernos

caminhar em direção ao todo
e o nada encontrar

os pés e a longa caminhada denunciavam:
sofria de solidão

a neblina na noite,
a melodia de Luiz,
as luzes e os lampejos
enfatizavam a melancolia portátil:
estava embutida em seu ipod pequeno-burguês

dádiva de tempos (pós/hiper/diabos) modernos:
solidão

em vias de fato

hein?
(tu) vias?
de fato?

tristes trópicos,
tristes meridianos
(lembranças de Greenwich!)

o mar era de rosas - até então;
um oceano de espinhos,
agora que ela se fora,
a atual situação
até quando
?




Thursday 2 June 2011

Quase cigano

--> ¨Não é necessário, portanto, definir a maneira como se ama entre nós. Os homens e as mulheres ou se devoram rapidamente, no que se convencionou chamar ato de amor, ou se entregam a um longo hábito a dois. Isso tampouco é original. Albert Camus - A peste.¨ 

Se pensas, Aparício começou a me dizer, que o tempo, este a quem chamas de maldito, é quem irá te fazer sentir saudades, engana-te! A distância e a calada das noites sós e frias, continuou ele, são as razões que te tratrão as futuras e presentes angústias. E, então, foi-se - ele, Aparício, já encontrara seu Paradeiro. E no meu distante e velho caso, restaram-me míseras vontades reminiscentes de você; você que é e está o meu agora, o meu tempo, a minha literatura de intensos prazeres... - isso é questão de posse?