Tuesday 29 April 2014

Wondering about life. When it comes to thought, nothing is new. It is necessary to be aware, otherwise one might be spiritually mistaken by any kind of guru who has trendy phrases in his pocket. Phases that cannot be expressed through words, clichés that translate some worlds. Meaningless paragraphs are, for instance, deeper than any kind of method as there is no one who can tell you where the appropriate path is. In this fraction of second, there is freedom – a human creation out of boredom. Empty souls and a couple of existential problems. It is a dead end, one is afraid to say. Is there any difference if the next month is May?       

Tuesday 22 April 2014

''Tendo aberto uma antologia de textos religiosos, caí logo de cara nessas palavras do Buda: 'Nenhum objeto merece ser desejado.' - Fechei o livro imediatamente, pois, depois disso, o que ler ainda?'' 
E.M. Cioran

Saturday 19 April 2014

Tristes (misan)trópicos

Sujeitos mal abortados, portadores de uma biografia mediocrizada pela violência do dia-a-dia. Simbolismos baratos se pretendem como artífice social enobrecedor. Manuais de como revoltar-se estão à venda nas melhores casas do ramo – assim como os fármacos legalizados por narizes hipócritas de órgãos oficias. A banalização do sofrer torna-se requisito básico para aqueles que queiram sobreviver, desde que se resignem, tornem-se indiferentes, sujeitos normatizados e entorpecidos por aquilo que é legalmente tóxico. Legitimados por um papel forjado qualquer que lhes confere um simples diagnóstico: és cidadão dos tristes (misan)trópicos.

Sunday 13 April 2014

Onde se pensava encontrar refúgio, um nada totalmente despido de essência. No silêncio, local pouco conhecido, as portas se fecham para as palavras. Um vazio inexplicável, sem pedir licença, adentra o coração e nada mais lhe resta a não ser viver aquilo que lhe é oferecido: o instante em que se esvazia o ser.    

Wednesday 2 April 2014

Versão em conjunto com o amigo Hallan F.

Em vão esperei. 
Demorei, por conta cair.
Nem tão são escrevi. 
Humano sim, um ser além.
Na esquina, um pássaro bem-te-vi. 
Tão inocente, pretensa mente minha, descrevê-lo.
E cadê você que não está mais ali?
Passo de mágico, ladro! Tempo mercenário,
ceifa a dor, o remorso!

Projeções,
prisões mentais criadas,
dignas de um quadro de Dalí.

Desgarrado, pintado com palavras.
Autobiográfico, interpreta o traço.
Musgo como pinheiro, simétrico como Van Gogh.

À procura de uma narrativa coerente... 
esquece-se de olhar para si.

Incapaz de responder àquilo que o acorrenta
Dor de barriga, vendetta!
Devido à formulação errônea 
das perguntas pertinentes.
Bate martelo, até o talo! 
Prego do ego, sem fim...

Precisar as coisas,
o precisar das pessoas,
tarefas tão ingratas!...
 
Mundo dos sonhos, 
guerra do silêncio.
Confusão, Confúcio.
Social, trama da dama e do vaga-bond.

...Quanto às reticências,
formas de expressão gramatical
que nos conduzem ao silêncio
e que nos convidam 
para o velório do nosso eu. 

Como quem acredita em amor a primeira vista,
renasce das cinza, ó Fênix!
Amor bandido, banido foi.
Pintado e bordado, elixir dos fortes!

...Quanto às reticências,
tomam conta de um trabalho massivo, árduo.
preenchem as lagunas do i(ni)maginável.
Portas do silêncio, coveiras do dicionário.


Luccas N. Stangler, Hallan Feltens
abril de 2014


Em vão esperei. 
Nem tão são escrevi. 
Na esquina, um pássaro bem-te-vi. 

E cadê você que não está mais ali?

Projeções,
prisões mentais criadas,
dignas de um quadro de Dalí.

À procura de uma narrativa coerente... 
esquece-se de olhar para si.

Incapaz de responder àquilo que o acorrenta
devido à formulação errônea 
das perguntas pertinentes.

Precisar as coisas,
o precisar das pessoas,
tarefas tão ingratas!...

...Quanto às reticências,
formas de expressão gramatical
que nos conduzem ao silêncio
e que nos convidam
para o velório do nosso eu.