Friday 6 May 2016

Falácias do dia a dia

Os anos escorrem das minhas mãos, desintegram-se na poeira da vida. Voltar o olhar para trás nem sempre ajuda a recompor a narrativa da minha biografia. Ora rememoro, ora destruo meu passado. Há lapsos de memória, coisas esquecidas, momentos em que quis esquecer, amores que não mais conheço. Pessoas que caminharam ao meu lado e que agora não mais caminham, ideologias que já não fazem mais sentido... A cada alvorada meus olhos abrem para a finitude do dia e meu corpo, morada da minha carne e alma, se perde entre as incontáveis mentiras ambulantes.     

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